Hoje nós fomos ao Teatro José Maria Santos para assistir a peça "Tempo de Vôo", dirigida por Rafael Camargo e protagonizada pelos atores Marcio Juliano, Nena Inoue, Glaucia Domingos e Pedro Inoue.
A peça cuja a dramaturgia foi criada a partir de vários livros do escritor Bartolomeu Campos de Queirós e de experiências dos próprios atores, traz ao público um jeito único de envolver com um texto poético e profundo, nos fazendo mergulhar e ressucitar diversas memórias.
Infelizmente, essa peça não contava com o recurso da audiodescrição, o que nos impossibilitou de entender algumas coisas, como expressões, ações e movimentos.
Para nos auxiliar no entendimento do espetáculo, no Hall de entrada do prédio, conhecemos as caracteristicas da construção pela descrição da professora Diele. A casa, que faz parte do complexo de auditórios do Teatro Guaíra, tem pé direito alto, chão de madeira e grandes janelas.
Fomos recebidos por um dos produtores da peça, que nos apresentou a temática do espetáculo e descreveu o cenário e como os atores estariam dispostos nele, o que foi bem legal para que pudessemos entender algumas coisas. Uma informação que nos foi passada antes de entrar foi muito importante, a peça tinha no elenco três atores e a interpretação deles no palco estava relacionada com os objetos aonde eles estavam: um menino em um sofá, uma mulher em uma máquina de costura, um homem em uma mesa de escritório e uma cigana em uma cama.
Antes de entrar na peça, uma instalação compunha o ambiente. Havia uma mesa com diversas imagens. Partes de fotos de uma casa em estilo polonês e objetos que pertenciam a uma das atrizes e que remetiam as lembranças dela de infância.
Quando entramos no teatro aonde a peça aconteceria, os atores já estavam no palco, as luzes estavam baixas. Nos acomodamos em nossos devidos lugares (Intercalândo um cego e um baixa visão para que cada baixa visão pudesse ajudar a descrever a peça para um cego) e a professora Diele nos descreveu rapidamente o que estava em cena (figurino de casa , localização no palco e etc).
Conforme comentei, a peça tem um texto bastante profundo, mas ao mesmo tempo em vários trechos nos sentimos fazendo parte da história e compartilhamos como todas as pessoas no imaginário das memórias que tinham como foco o tempo, o ontem e o hoje.
Ao final do espetáculo, tivemos uma conversa super legal com os atores, pudemos conhecer o cenário e tocar em cada um dos objetos utilizados em cena. Experiência importância para compreender alguns movimentos e ações durante a peça, que apesar de ter bastante diálogo, tem elementos visuais e expressões que só o texto não contempla.
A peça está em cartaz até o dia 24 no teatro José Maria Santos e a classificação indicativa é de 14 anos.